Artrite Degenerativa – Entenda os Sintomas, Causas e Como Tratar

Posted by: Dr. Nivaldo Cardozo Comments: 0

A artrite degenerativa, também conhecida como osteoartrite, é a forma mais comum de artrite e afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Trata-se de uma doença crônica que compromete a cartilagem das articulações, levando a dor, rigidez e limitação de movimentos. Embora esteja frequentemente associada ao envelhecimento, ela não deve ser encarada como um processo natural da idade. Neste artigo, você entenderá as causas, os sintomas, como é feito o diagnóstico, quais os tratamentos disponíveis e como prevenir o avanço dessa condição.

Causas: por que a artrite degenerativa se desenvolve?

A principal característica da artrite degenerativa é o desgaste progressivo da cartilagem que recobre as extremidades dos ossos nas articulações. Esse desgaste pode ter múltiplas causas:

  • Envelhecimento: com o passar dos anos, a cartilagem perde sua capacidade de regeneração.

  • Sobrecarga articular: atividades repetitivas ou impacto excessivo (como em esportes ou profissões que exigem esforço físico).

  • Obesidade: o excesso de peso aumenta a pressão sobre as articulações, especialmente joelhos e quadris.

  • Hereditariedade: fatores genéticos também influenciam o risco de desenvolver a doença.

  • Lesões articulares prévias: fraturas, entorses ou cirurgias anteriores podem acelerar o processo de desgaste.

  • Doenças metabólicas: como diabetes ou alterações hormonais.

Sintomas: como identificar os sinais da doença?

A artrite degenerativa costuma evoluir de forma lenta, com sintomas que se intensificam com o tempo. Os principais sinais incluem:

  • Dor articular: geralmente piora com o uso e melhora com o repouso.

  • Rigidez matinal: sensação de travamento nas articulações ao acordar, que melhora após alguns minutos.

  • Inchaço: algumas articulações podem apresentar leve edema.

  • Estalos e crepitações: barulhos ao movimentar a articulação.

  • Perda de mobilidade: dificuldade crescente para realizar movimentos simples.

  • Deformidades: em fases avançadas, as articulações podem mudar de formato.

Esses sintomas costumam afetar mãos, joelhos, quadris e coluna, mas podem surgir em qualquer articulação.

Diagnóstico: como é feito e quais exames são necessários?

O diagnóstico da artrite degenerativa é clínico, baseado em histórico do paciente e exame físico, mas pode ser complementado por exames de imagem. Os mais comuns são:

  • Radiografia: pode mostrar redução do espaço articular, presença de osteófitos (bicos de papagaio) e alterações ósseas.

  • Ressonância magnética: usada para avaliar tecidos moles e cartilagem com mais detalhes.

  • Ultrassonografia articular: útil para verificar inflamações, derrames articulares e desgaste.

  • Exames laboratoriais: não são obrigatórios, mas ajudam a excluir outras formas de artrite, como a reumatoide.

Tratamentos: do alívio da dor à preservação da articulação

Não há cura definitiva para a artrite degenerativa, mas há diversas abordagens que melhoram a qualidade de vida do paciente:

  • Mudanças no estilo de vida: perder peso, adotar dieta anti-inflamatória e evitar esforços repetitivos.

  • Fisioterapia: exercícios personalizados ajudam a preservar a mobilidade e fortalecer a musculatura.

  • Medicamentos:

    • Analgésicos (paracetamol)

    • Anti-inflamatórios (ibuprofeno, diclofenaco)

    • Condroprotetores (glucosamina e condroitina)

  • Infiltrações articulares: aplicação de medicamentos diretamente na articulação para alívio da dor.

  • Cirurgias: em casos avançados, pode ser necessário realizar artroplastias (próteses) ou realinhamentos ósseos.

Prevenção e cuidados: é possível evitar o agravamento?

Embora nem sempre seja possível evitar a osteoartrite, algumas medidas ajudam a retardar sua progressão:

  • Manter o peso sob controle.

  • Praticar atividades físicas de baixo impacto, como natação e caminhada.

  • Evitar sobrecarga articular, principalmente em atividades ocupacionais.

  • Alongar e fortalecer os músculos, com orientação profissional.

  • Tratar precocemente lesões ortopédicas.

Cuidados contínuos, com acompanhamento médico e fisioterapêutico, fazem grande diferença na evolução da doença.

Conclusão

A artrite degenerativa pode afetar drasticamente a mobilidade e qualidade de vida, mas com o diagnóstico precoce e os cuidados adequados, é possível conviver com a condição de forma controlada. Se você identificou alguns dos sintomas descritos ou já convive com a doença, procure orientação profissional. Um acompanhamento especializado pode reduzir a dor, melhorar a função articular e garantir mais bem-estar no dia a dia.

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