As fraturas do úmero estão entre as mais comuns do sistema musculoesquelético e podem ocorrer em qualquer idade, desde jovens atletas até idosos com osteoporose. O úmero é o maior osso do braço e conecta o ombro ao cotovelo, sendo essencial para a mobilidade e a função do membro superior. Por isso, uma fratura nessa região pode comprometer significativamente a qualidade de vida do paciente.
Neste artigo, vamos abordar os tipos mais frequentes de fraturas do úmero, os sintomas associados, formas de diagnóstico e as alternativas de tratamento, com foco em uma linguagem acessível e orientativa.
Causas
As principais causas das fraturas do úmero incluem:
- Quedas: Especialmente em idosos, as quedas da própria altura são uma das principais causas de fraturas proximais do úmero.
- Acidentes de trânsito: Em adultos jovens, as fraturas diafisárias (no meio do osso) costumam ocorrer em traumas de alta energia.
- Prática esportiva: Impactos durante atividades físicas intensas também podem resultar em fraturas.
- Doenças ósseas: Osteoporose, tumores ósseos ou metástases podem fragilizar o osso, aumentando o risco de fratura mesmo com traumas leves.
Sintomas
Os sintomas podem variar conforme o local da fratura, mas os mais comuns incluem:
- Dor intensa e imediata no braço, que piora com qualquer tentativa de movimento.
- Inchaço e hematoma ao redor do local lesionado.
- Deformação visível do braço em casos mais graves.
- Dificuldade ou incapacidade de movimentar o braço.
- Sensibilidade ao toque e dor localizada.
- Em casos graves, formigamento ou perda de força, indicando possível lesão nervosa associada.
Diagnóstico
O diagnóstico é baseado em exame clínico e por imagem:
- Avaliação clínica: O ortopedista examina a mobilidade, dor, inchaço e possíveis lesões neurovasculares.
- Raio-X: Principal exame para identificar o tipo e a localização da fratura.
- Tomografia computadorizada: Pode ser necessária em fraturas articulares complexas.
- Ressonância magnética: Utilizada em casos de fraturas ocultas ou para avaliar tecidos moles.
Tratamentos
O tratamento depende do tipo, local e gravidade da fratura, bem como das condições clínicas do paciente:
a) Tratamento conservador:
- Indicado para fraturas não deslocadas ou pouco instáveis.
- Inclui imobilização com tipóia ou gesso, analgesia e acompanhamento com exames.
- Fisioterapia é fundamental para evitar rigidez e perda de função.
b) Tratamento cirúrgico:
- Necessário quando há desalinhamento dos fragmentos, risco de comprometimento neurológico ou fraturas expostas.
- Pode envolver:
- Placas e parafusos.
- Haste intramedular.
- Prótese parcial ou total (em casos de fraturas proximais graves em idosos).
- O pós-operatório requer acompanhamento rigoroso e reabilitação gradual.
Prevenção e cuidados
Algumas medidas ajudam a prevenir fraturas do úmero, especialmente entre idosos e populações de risco:
- Prevenção de quedas: Adaptação da residência, uso de calçados adequados e revisão de medicamentos.
- Tratamento da osteoporose: Uso de medicamentos, suplementação de cálcio e vitamina D.
- Exercícios físicos regulares: Fortalecimento muscular e melhora do equilíbrio.
- Uso de equipamentos de proteção para práticas esportivas de contato.
Conclusão
As fraturas do úmero exigem atenção e tratamento adequado para garantir uma boa recuperação funcional. Diagnóstico precoce, acompanhamento com ortopedista e adesão ao tratamento são fundamentais para evitar complicações. Se você sofreu um trauma ou sente dor intensa no braço, procure um especialista o quanto antes.
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